Pré-candidato à Prefeitura pelo União Brasil, o deputado estadual é o segundo entrevistado da Série de Entrevistas do Maringá Post. Prefeitura do litoral paulista contrata policiais em horário de folga para reforçar o efetivo das ruas.
O pré-candidato à Prefeitura de Maringá pelo União Brasil, Do Carmo, quer implantar na Cidade Canção o mesmo projeto de Segurança Pública em execução no Guarujá-SP. O deputado estadual é o segundo entrevistado da Série de Entrevistas do Maringá Post.
No litoral paulista, desde 2022 está em andamento o Programa de Atividade Delegada, por meio do qual o município contrata policiais de folga para reforçarem o efetivo nas ruas da cidade. Conforme dados da Prefeitura do Guarujá, cerca de 600 policiais conveniados ao programa estão nas ruas diariamente, em um investimento mensal de R$ 180 mil. Em maio do ano passado, o convênio foi renovado por mais cinco anos.
“No Guarujá, atualmente, os policiais militares em folga fazem um convênio com a Prefeitura Municipal, onde ao invés de fazer aquele ‘bico’, ele trabalha para o município. O município paga para o policial e, todo mês, faz uma contrapartida ao Estado, pois ele acaba utilizando as viaturas. Hoje, a infraestrutura não é o problema, temos mais viaturas que policiais disponíveis, o problema é o fator humano. Então, em minha concepção, entendendo que a formação dos guardas é um processo moroso e tendo em vista a questão da folha de pagamento do município, nós poderemos fazer um convênio com o Estado para implantar esse modelo. O policial militar de folga, ao invés de fazer bico, nós queremos trazê-lo e usar a infraestrutura da PM para reforçar a Segurança. Eu não estou inventando a roda, isso já acontece e vejo como um modelo para resgatarmos a Segurança de forma imediata, até que nossos guardas concluam a formação”, disse.
Ainda de acordo com Do Carmo, embora a Segurança Pública seja uma atribuição do Estado, ele afirma ‘querer ter o controle’ da situação em suas mãos. A melhora da Segurança na cidade, apontada por ele como um problema atual, passa por um maior investimento na infraestrutura e aumento do efetivo da Guarda Municipal.
“Na minha concepção, nós precisamos ter os 200 guardas (limite estipulado pelo estatuto da Guarda). Se formos colocar eles em todas as atividades necessárias, como patrulha escolar, policiamento preventivo e considerando as escalas de serviço, não teremos nas ruas nem 60 guardas. É claro que continuaremos cobrando o Estado, mas eu quero ter o controle da Segurança Pública de Maringá nas minhas mãos. Quero estudar a questão, poder analisar os mapas de criminalidade. A Polícia Militar e a Polícia Civil desempenham um papel fundamental, mas nós temos que parar com essa questão de só dizer em cobrar o Estado, nós temos que entregar para a população essa questão da Segurança Pública”, afirmou o pré-candidato.
Também sobre o tema, pré-candidato do União Brasil reforçou o desejo de colocar a Guarda Municipal em atuação no policiamento preventivo.
“Maringá tem uma Guarda Municipal hoje em torno de 80 a 90 agentes, sendo cerca de 25 armados, mas não tem infraestrutura. Desde o fardamento até a questão das viaturas, ela não está representada no policiamento preventivo. Nós temos que colocar a Guarda em evidência na cidade. Andando pelas ruas nos últimos anos, eu não tenho visto, nem ouvido falar em notícias sobre abordagens da Guarda, realização de blitz, aquele policiamento preventivo. Na área central hoje, o comerciante fecha sua loja e não sabe se, no dia seguinte, estará do mesmo jeito que deixou, esse é o nosso objetivo”, finalizou.
Fonte: maringapost.com.br