Os incêndios ocorreram no Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, em uma Área de Preservação Permanente Ecológica (APP) em Maria Helena, e na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara. Segundo o Corpo de Bombeiros, 702 ocorrências de incêndios florestais foram registradas no Paraná desde a última sexta-feira (16).
Equipes do Instituto Água e Terra (IAT) auxiliaram no controle de três incêndios florestais em diferentes regiões do Paraná na segunda-feira (19), atribuídos ao clima seco que predominou no Estado nos últimos dias. Um dos incêndios ocorreu no Parque Estadual Vila Velha, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, onde as chamas atingiram uma área de 100 hectares próxima à linha férrea, sendo contidas no mesmo dia. O Corpo de Bombeiros suspeita que o incêndio tenha origem em ação humana.
O combate ao fogo contou com a participação de 45 pessoas, incluindo agentes do escritório de Ponta Grossa do IAT, voluntários, membros do Corpo de Bombeiros, e funcionários da concessionária Soul, que administra o parque, conforme informou Juarez Baskoski, técnico do IAT responsável pelo Parque Estadual Vila Velha.
Outro incêndio foi registrado na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, onde três focos foram identificados na entrada da unidade de conservação, ao longo da linha férrea. O fogo afetou uma área de aproximadamente 500 metros quadrados e foi rapidamente controlado com a ajuda dos indígenas que residem no local. Segundo Ana Letícia Lowen, bióloga do IAT e gerente da Floresta Estadual Metropolitana, os indígenas haviam sido capacitados pelo Corpo de Bombeiros para lidar com incêndios conforme os protocolos do Programa de Prevenção de Incêndios na Natureza (Previna) e iniciaram prontamente as ações de combate, resultando no rápido controle das chamas.
Por fim, o IAT também atuou na contenção de um incêndio em uma Área de Preservação Permanente Ecológica (APP) composta por fazendas em Maria Helena, no Noroeste do Estado. O primeiro foco foi registrado na sexta-feira (16) e se espalhou por cerca de 1.000 hectares de mata. Técnicos do Escritório Regional de Umuarama do IAT participaram do resgate de animais silvestres afetados e utilizaram um helicóptero equipado com helibalde, disponibilizado para apoiar os esforços de combate, conforme destacou Luis Carlos Borges Cardoso, chefe do núcleo regional de Umuarama.