Juan Carlos Salazar é secretário-geral da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), agência especializada das Nações Unidas
O secretário-geral da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), Juan Carlos Salazar, e a diretora de Meio Ambiente, Jane Hupe, visitaram nesta quinta-feira (3) a usina de Itaipu, onde conheceram a planta de produção de petróleo sintético a partir de biogás, voltada para a fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF).
Salazar destacou o interesse da OACI em promover combustíveis limpos para a aviação, mencionando que a experiência de Itaipu e seus parceiros pode ser replicada em outras regiões do mundo. Ele ressaltou a relevância de iniciativas como essa, que permitem a geração de combustíveis em países em desenvolvimento, utilizando biomassa como matéria-prima, mas que ainda carecem de mecanismos para sua produção. “Ver uma planta como essa funcionando é de grande importância e revolucionário”, afirmou.
A planta, instalada nas dependências de Itaipu, faz parte da Unidade de Produção de Hidrocarbonetos Renováveis e é fruto de uma parceria entre Itaipu, o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás) e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, entre outros.
Salazar também elogiou a grandiosidade da hidrelétrica de Itaipu, que combina geração de energia com a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico e social da região.
A OACI é uma agência da ONU, composta por mais de 190 países, com sede no Canadá, e tem como uma de suas principais funções monitorar a aplicação da Convenção de Chicago, que estabeleceu as bases do direito aeronáutico.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e uma potência instalada de 14 mil MW, Itaipu é líder mundial em geração de energia limpa e renovável. Desde 1984, a usina já produziu 3 bilhões de MWh e, em 2023, foi responsável por cerca de 10% da eletricidade do Brasil e 88% do Paraguai.