Cármen Lúcia afirma que desinformação nas eleições é “cabresto digital”

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“Criamos o cabresto digital. Alguém põe no nosso celular, no nosso computador, algo que nos desinforme como se fôssemos manipulados.”

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta sexta-feira (4) que a desinformação no contexto eleitoral pode ser considerada uma forma de “cabresto digital”.

A declaração foi feita durante um encontro com delegações estrangeiras que acompanharão o primeiro turno das eleições municipais, previsto para ocorrer no próximo domingo (6).

De acordo com a ministra, o uso da tecnologia tem levado ao abuso de algoritmos e à desinformação nas eleições. Ela defendeu a necessidade de restaurar a plena liberdade de voto. “Criamos o cabresto digital. Alguém põe no nosso celular, no nosso computador, algo que nos desinforme como se fôssemos manipulados. Contra isso, o direito luta para que tenhamos a possibilidade de resgatar a plena liberdade de voto, o que realiza a democracia em qualquer parte do mundo”, afirmou.

Cármen Lúcia também ressaltou que as eleições no Brasil são livres e democráticas. “As eleições de 2024 representam o desafio de a gente ter um domingo de alegria democrática, de tranquilidade democrática, de civilidade e paz na hora de votar”, disse.

No sábado à noite (5), véspera do pleito, a ministra fará um pronunciamento em cadeia de rádio e TV incentivando os eleitores a participarem da votação.

O primeiro turno das eleições está marcado para o domingo (6). Se necessário, um segundo turno ocorrerá em 27 de outubro em 103 municípios com mais de 200 mil eleitores, onde nenhum candidato à prefeitura alcançar a maioria dos votos válidos, desconsiderando os brancos e nulos, no primeiro turno.

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