Brasil registra mais de 235 mil novos empregos formais em agosto

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Entre janeiro e agosto, 1.726.489 vagas foram criadas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.

Em agosto, o Brasil adicionou 232.513 novos empregos com carteira assinada, um aumento de 0,49% em comparação ao mês anterior. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, foram criadas 1.726.489 vagas. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

No período de 12 meses, entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o saldo de postos de trabalho foi positivo, com a criação de 1.790.541 novas vagas. Com isso, o estoque total de vínculos celetistas ativos alcançou 47.243.764, o que representa uma variação de +0,49% em relação ao mês anterior, segundo o ministério.

O ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena, mencionou que tanto os cinco principais grupos econômicos quanto as 27 unidades federativas registraram crescimento. O setor de Serviços foi o destaque de agosto, com a criação de 118.364 empregos, e no acumulado do ano, o saldo positivo chegou a 916.369. A indústria criou 51.634 novos empregos em agosto, com ênfase para a indústria de transformação, que adicionou 50.915 postos. No ano, o setor industrial já soma 343.924 novos postos de trabalho.

Posicionamento sobre o Banco Central

Macena destacou que 90% dos postos de trabalho gerados pela indústria este ano já correspondem ao total do ano passado, indicando uma recuperação econômica. Ele também mencionou que, na visão do ministério, o Banco Central atua de maneira que não favorece o desenvolvimento econômico, ao aumentar o custo da dívida pública e não incentivar investimentos no setor industrial e na economia de forma geral. O ministro sugeriu que o Banco Central considere, em suas análises, fatores além da política monetária.

O setor de comércio gerou 47.761 novos empregos em agosto e 169.868 no acumulado do ano. A construção civil criou 13.372 postos no mês e 213.643 entre janeiro e agosto. O setor agropecuário gerou 1.401 novos empregos formais em agosto, com um total de 82.732 no acumulado do ano.

Macena mencionou que a construção civil foi o quarto maior gerador de empregos em agosto, destacando os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o financiamento habitacional do programa Minha Casa Minha Vida como fatores que impulsionaram o setor. O ministro demonstrou expectativa de crescimento contínuo.

Regiões e estados

Em 2024, a região Sudeste gerou 841.907 empregos formais, seguida pelo Sul com 309.140, o Nordeste com 257.925, o Centro-Oeste com 187.471 e o Norte com 104.773 postos de trabalho. O ministro em exercício disse acreditar que a tendência de crescimento continuará nos próximos meses, com a expectativa de atingir 2 milhões de novos trabalhadores formalizados até o final do ano.

O estado de São Paulo liderou o crescimento com 60.770 novos postos, seguido pelo Rio de Janeiro com 18.660, Pernambuco com 18.112 e o Rio Grande do Sul, que registrou 10.413 novas vagas. Segundo o ministro, o Rio Grande do Sul tem mostrado uma recuperação no mercado de trabalho após as chuvas e enchentes que atingiram o estado, com metade dos empregos perdidos sendo recuperados.

Gênero, faixa etária e renda

Dos novos empregos gerados em agosto, 119.317 foram ocupados por mulheres e 113.196 por homens. A faixa etária que mais se beneficiou foi a de 18 a 24 anos, com 126.914 novos postos. Trabalhadores com ensino médio completo representaram o maior saldo, com 154.057 novas vagas. Em termos de raça/cor, a maior parte dos empregos foi destinada a pessoas pardas, com 204.407 novas vagas.

O salário médio real de admissão em agosto foi de R$ 2.156,86, uma redução de R$ 7,54 em relação a julho. Entretanto, o salário médio dos trabalhadores com contratos regidos pela CLT foi de R$ 2.186,69, representando um aumento de 1,4%. O ministro concluiu que o emprego e a atividade econômica continuam em crescimento, reforçando o compromisso do governo federal com políticas de investimento em diversos setores para promover o desenvolvimento e a distribuição de renda.

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