Cesta básica tem aumento em seis das oito capitais pesquisadas

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Rio de Janeiro mantém o custo mais elevado

O preço médio da cesta básica de alimentos registrou alta em seis das oito capitais analisadas em setembro de 2024, segundo a plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. As maiores elevações foram observadas em Curitiba (3,5%) e Manaus (2,0%). Já as quedas ocorreram no Rio de Janeiro (-1,4%) e Fortaleza (-1,3%).

Apesar da redução, o Rio de Janeiro ainda possui a cesta de consumo básica mais cara (R$ 1.046,44), seguido por São Paulo (R$ 934,08) e Manaus (R$ 809,60). Por outro lado, as cestas mais baratas foram registradas em Belo Horizonte (R$ 676,54), Curitiba (R$ 748,99) e Brasília (R$ 772,18).

Entre os 18 itens da cesta básica, o café em pó e grãos apresentou aumento em todas as capitais, enquanto o leite UHT, açúcar, massas secas e frango subiram em sete das oito cidades pesquisadas. Segundo Anna Carolina Veiga Fercher, da Neogrid, o preço do café segue em alta devido à oferta limitada, impactada por condições climáticas adversas e a valorização no mercado internacional. Já o aumento do preço do leite está ligado às secas que afetam as pastagens, enquanto a produção de açúcar sofre com as mesmas condições.

Em contrapartida, o preço da carne bovina, legumes e frutas apresentou queda em diversas capitais. No acumulado dos últimos seis meses, Brasília teve a maior redução no valor da cesta básica (-6,7%), enquanto Manaus registrou o maior aumento (16,0%).

Cesta ampliada

Considerando a cesta ampliada, que inclui alimentos, bebidas, higiene e limpeza, o valor subiu em seis das oito capitais, com variações entre 1,9% e 3,0%. O Rio de Janeiro (R$ 2.428,89) e São Paulo (R$ 2.207,17) continuam com os valores mais altos, enquanto Salvador (R$ 1.693,51) e Manaus (R$ 1.763,80) apresentam os menores custos.

Produtos como creme de leite, detergentes, requeijão, biscoitos, molho de tomate, cerveja e refrigerante tiveram alta em todas as capitais analisadas. Esses aumentos são reflexo dos custos de produção e do impacto da variação cambial, que afetam tanto insumos nacionais quanto importados, pressionando os preços e impactando o orçamento de consumidores, especialmente os de menor renda.

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