Após a criação da Comissão de Defesa do Ato Médico em março de 2024, foi feita em média de uma denúncia por dia, totalizando 100 casos
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) observou um aumento significativo nas denúncias de exercício ilegal da medicina. Desde a criação da Comissão de Defesa do Ato Médico em março, a média de denúncias tem sido de uma por dia, totalizando 100 casos. A maioria dessas denúncias foi recebida por e-mail e WhatsApp, com 15 processos de fiscalização ativa em andamento.
Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que, entre 2020 e 2023, o Paraná registrou 201 casos de exercício ilegal da medicina, incluindo processos judiciais e boletins de ocorrência. A Polícia Civil do estado registrou 314 inquéritos sobre o tema desde 2012, tornando o Paraná o quarto estado com mais casos no Brasil.
Recentemente, o CRM-PR intensificou as ações de fiscalização, resultando na prisão de profissionais não qualificados em Foz do Iguaçu e na suspensão de cursos irregulares em Curitiba. O CFM solicitou que a Anvisa e as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais aumentem a fiscalização e controle sobre a venda de medicamentos e insumos médicos, para prevenir a prática ilegal da medicina.
Entre 2012 e 2023, o Brasil registrou cerca de 10 mil casos de exercício ilegal da medicina, de acordo com o CFM. Esses casos frequentemente causam danos financeiros, morais e físicos aos pacientes.