Médicos estão concentrados em áreas com carência de profissionais de saúde. Novo edital prevê contratação de mais 3,1 mil médicos.
O número de médicos ativos no programa Mais Médicos aumentou 93,83% desde janeiro de 2023 até junho de 2024, totalizando atualmente 24.894 profissionais em todo o Brasil, um acréscimo de 12.051 médicos em relação a dezembro de 2022. No Paraná, houve um crescimento de 148,87% no mesmo período, com o efetivo passando de 622 para 1.548 profissionais. Em Curitiba, a capital do estado, o número de médicos subiu de 24 para 35, representando um aumento de 46%.
Dos médicos ativos no Paraná, 1.381 são brasileiros (89%) e 848 são mulheres (54,7%). Em termos de faixa etária, a maioria está distribuída entre 25 e 39 anos, sendo 341 entre 25-29 anos, 382 entre 30-34 anos e 323 entre 35-39 anos.
Quanto à etnia, 1.079 se identificam como brancos (69,7%), 355 como pretos ou pardos (22,9%), 106 como amarelos e quatro como indígenas, com quatro sem registro de identificação. Das equipes, 1.518 fazem parte das Equipes de Saúde da Família (eSF) e 25 trabalham com saúde indígena. Além disso, 455 médicos atuam em áreas com médio ou alto Índice de Vulnerabilidade Social (IVS).
Nacional
Em dezembro de 2022, havia 12.843 médicos ativos. Desde 2023, o Governo Federal quase dobrou esse número e implementou melhorias no modelo. Em julho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou um novo edital para contratar mais 3,1 mil profissionais, reservando vagas pela primeira vez para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
“A expansão do Mais Médicos é uma realidade significativa. Quando iniciamos, o programa contava com 12 mil médicos. Com este edital, estamos retomando a meta de 28 mil médicos, priorizando a política de cotas aprovada em lei”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
O Mais Médicos faz parte das iniciativas para fortalecer a Atenção Primária à Saúde, porta de entrada principal do Sistema Único de Saúde (SUS), visando resolver 80% dos problemas de saúde. O programa também visa mitigar desigualdades regionais ao levar médicos a áreas carentes de profissionais, investindo na formação e qualificação para garantir atendimento de qualidade a longo prazo.
Regiões
O Nordeste lidera em número de vagas ocupadas, com 8.362 médicos, seguido pelo Sudeste, com 7.435. São Paulo, Minas Gerais e Bahia são os estados com mais profissionais, respectivamente.
Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) também se destacam. Por exemplo, o DSEI Yanomami, em Boa Vista (RR), viu seu número de médicos do Mais Médicos aumentar de oito para 36 entre dezembro de 2022 e junho de 2024 (crescimento de 350%). No Mato Grosso do Sul, o DSEI saltou de oito para 39 profissionais no mesmo período (crescimento de 387,5%).
Do total de médicos ativos, 22.965 são brasileiros (92,25%), 53,45% são mulheres, e quase 12 mil têm entre 30 e 39 anos. O programa também inclui 88 vagas ocupadas por médicos indígenas, enquanto 36,54% são pretos ou pardos e 53,98% são brancos. Quanto ao tipo de equipe, 24.243 médicos estão nas Equipes de Saúde da Família (eSF) e 14.942 trabalham em áreas com médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República