Gaeco e MP realizam Operação Pix contra servidores municipais suspeitos de cobrar propina para adiantar podas de árvores

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Subtítulo: Promotor de justiça Leonardo da Silva Vilhena comentou a operação

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 20ª Promotoria de Justiça de Maringá, deflagrou nesta quinta-feira, 19 de setembro, a Operação Pix, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos investigados, além de mandados de busca e apreensão pessoais.

O objetivo é desmantelar um grupo criminoso, composto por servidores municipais, suspeito de cobrar pagamentos indevidos para acelerar a realização de cortes, podas e remoções de árvores na cidade. Os valores eram pagos por meio de transações Pix, o que originou o nome da operação. Os crimes sob investigação incluem corrupção, concussão, crimes ambientais e atos de improbidade administrativa.

Embora Maringá mantenha um cadastro cronológico de árvores para serviços de corte, remoção e poda, sem custo para os moradores, funcionários da secretaria responsável são investigados por cobrar ilegalmente para antecipar os serviços. As ações desrespeitavam a ordem cronológica, utilizando veículos e equipamentos da prefeitura, muitas vezes sem laudos técnicos exigidos para autorizar as podas e cortes.

A cidade de Maringá enfrenta uma longa espera para esses serviços, com moradores relatando atrasos de até quatro anos, o que acarreta riscos materiais e físicos devido à demora na execução dos trabalhos.

A 20ª Promotoria de Justiça de Maringá solicita que vítimas de cobranças indevidas por serviços públicos denunciem os casos pelo telefone (44) 3227-1415, de segunda a sexta-feira, das 12h às 19h, ou pelo e-mail maringa.atendimento@mppr.mp.br.

Em nota, a Prefeitura informou que a denúncia ao MP foi encaminhada pela própria administração.

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