Inflação no setor de tursismo aumenta em maio devido ao preço elevado nas passagens aéreas

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Apesar do aumento mensal, IPCA do turismo no acumulado do ano indica deflação e é ainda mais favorável na capital paranaense.

O turismo continua em crescimento no Brasil e em Curitiba, com uma deflação de 2,3% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no ano no país, sendo ainda mais favorável na capital paranaense, com uma redução de 2,95% nos preços de janeiro a maio.

No entanto, conforme cálculos do Departamento Econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), em maio, a inflação da cesta de consumo do turismo na economia brasileira aumentou 0,65%, enquanto a variação do IPCA geral foi de 0,46%.

O principal fator para a alta da inflação do turismo no mês passado foi o subitem Passagens aéreas, que após sucessivas quedas de preços – com uma redução acumulada de 35,95% no ano no país –, registrou um aumento de 5,91% no Brasil e 9,15% em Curitiba.

Lucas Dezordi, economista e assessor econômico da Fecomércio PR, explica que os reajustes das passagens aéreas devem continuar nos próximos meses devido ao aumento expressivo na taxa de câmbio. “A valorização do dólar em relação ao real pressiona os custos das companhias aéreas, especialmente nos itens de manutenção e combustíveis das aeronaves.”

Outros destaques

Outros itens que registraram alta no Brasil foram Transporte por aplicativo (1,76%) e Cinema, teatro e shows (0,71%). Em contrapartida, Aluguel de veículos (-1,74%) e Pacote turístico (-1,43%) tiveram queda.

Em Curitiba, os preços de Estacionamento (4,22%) e Hospedagem (2,20%) subiram, enquanto Cinema, teatro e shows (-3,82%), Pacote turístico (-2,62%) e Ônibus interestadual (-0,75%) registraram queda na região metropolitana.

Desaceleração da inflação anual

Apesar da alta em maio, a inflação do turismo em 12 meses mostra desaceleração tanto no Brasil quanto em Curitiba, comparado ao ano anterior. Dezordi avalia que a desinflação no turismo indica uma expansão do setor em 2024, tornando passagens aéreas (-39,74%) e pacotes turísticos (-10,11%) mais acessíveis para os consumidores paranaenses. No entanto, a variação positiva em subitens como estacionamento (7,2%), transporte rodoviário interestadual (3,61%) e hospedagem (3,2%) sugere que alguns segmentos ainda enfrentam pressões inflacionárias.

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